Como seria a aula se ao entrar na sala o professor soubesse exatamente como a aula iniciaria e como terminaria? Quais alunos aprenderiam a matéria estudada e quais não aprenderiam? E se o professor soubesse como a turma responderia aos seus questionamentos? Como seria o movimento de reflexão e a troca de saberes?
Para quem faria sentido?
Há tempos, os professores estudam a Didática, no entanto ainda questionam sobre qual será a melhor forma de ensinar. Qual o método que irá garantir a aprendizagem e como incentivar os alunos a manifestarem interesse por suas aulas.
Alguns professores questionam os estudos desenvolvidos nos cursos de Licenciatura que pouco oferecem suporte para a sua prática em sala de aula.
Reclamações sobre a indisciplina e o desinteresse dos alunos deixam coordenadores e gestores escolares sem sugestões para a sua equipe docente. A falta de respeito pelo mestre reina na sala de aula e pelos corredores da escola. A pergunta persiste: o que fazer? Como fazer?
As formas de ensinar não estão listadas em lugar algum. Essa prática
docente que alguns educadores buscam encontrar nos livros e nos cursos
de formação, felizmente, não existe.
O "felizmente" não é tortura. É uma justificativa para o nosso fazer pedagógico. Embora, a formação acadêmica possibilite diferentes momentos de aprendizagem e de contrução de saberes, é ao longo da caminhada profissional, que cada professor irá encontrar significados para o fazer educacional e para o seu projeto de ensino. É a interação com os alunos, os desafios do cotidiano escolar e o confronto com o saber sistematizado que poderão contribuir para a construção da prática docente. Certamente ela nunca estará pronta e, é importante que o professor entenda esse processo.
Edgar Morin sugere um mundo de possiblidades para a construção de práticas educacionais em "Os sete saberes para a Educação do futuro", principalmente, quando fala sobre a Compreensão humana e sobre as Incertezas. Conhecer esses saberes é um dos caminhos para nortear o professor compromissado com a sua prática.
Edgar Morin sugere um mundo de possiblidades para a construção de práticas educacionais em "Os sete saberes para a Educação do futuro", principalmente, quando fala sobre a Compreensão humana e sobre as Incertezas. Conhecer esses saberes é um dos caminhos para nortear o professor compromissado com a sua prática.
Abaixo, segue um vídeo que aborda a prática docente, desde a formação acadêmica às salas de aula. Esse vídeo é parte de uma matéria do Globo Cidadania, programa da TV Futura em parceria com a Rede Globo. É relevante comentar o fato de que a emissora exibe esse programa (bastante significativo) num horário em que o professor cansado de sua jornada de trabalho, está dormindo, aproveitando algumas horas de descanso para ir ao planejamento semanal na escola. O programa é exibido aos sábados, às 6:00 h.
Dentre os programas produzidos pela referida emissora, este deveria ser exibido num horário em que estudantes e professores pudessem assistir, substituindo outros que em nada contribuem para a melhoria da educação brasileira.
Veja o vídeo:
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