sábado, 19 de março de 2011

A organização e união das pessoas modificam realidades




Discutindo experiências sobre assédio moral.

“O Direito não tem como reparar o dano que a vítima sofreu na alma” (Dra. Giselle Bondim, Juíza do Trabalho). "É inegável que o assédio moral ocasiona danos à imagem, à honra, à liberdade do trabalhador (art. 5º, V e X, CF), logo, a sua reparação é questão de justiça (art. 186, CC).

            De acordo com a professora da Universidade do Recôncavo da Bahia e Doutora em Psicologia Social, Terezinha dos Santos Souza, "O trabalho é o que nos mantêm vivos enquanto espécie humana, não podemos aceitar naturalmente que o assédio moral continue deixando pessoas doentes". A prática, segundo ela, vem aterrorizando os trabalhadores. Na iniciativa privada, o trabalhador é demitido, no serviço público, ele muitas vezes convive com o problema por anos ou é transferido para lugares distantes.

Segundo Terezinha, o assédio moral nos locais de trabalho está relacionado com o poder: "O assédio nasce na concepção de que alguém detém o poder sobre o trabalho do outro". Por isso, ela sugeriu que a forma de distribuição do poder não deveria ser discricionária. Alguns servidores apontaram que os critérios utilizados para a distribuição das Funções Comissionadas e falta de um plano de carreira estimulam o assédio nos locais de trabalho.

A saída para o trabalhador, de acordo com Terezinha, é a organização e a solidariedade. "Em cada lugar o poder tem uma cara", disse. Para ela, a prática só acabará quando as relações de trabalho entre os seres humanos não forem baseadas na exploração. 
Cláudio Klein, coordenador da Fenajufe de trabalhadores do Judiciário do Uruguai e da Argentina, destacou que os casos de assédio não podem ser encarados como questões individuais. "Quando há um colega passando por uma situação de assédio, o problema não é só dele". Ele acredita que o assédio só diminuirá se todos se solidarizarem e compara o combate às campanhas antitabagismo. "Hoje não fumamos mais em lugares públicos. Mas isso só foi possível porque as pessoas que se incomodavam cobraram isso". Klein lembrou ainda que o assédio está relacionado ao autoritarismo presente na instituição, onde não há espaço para debate.

Sergio Nuñez, representante da Associação dos Funcionários do Judiciário do Uruguai – AFJU, afirma que A busca por produtividade crescente "leva o trabalhador a deixar de exercer a função social que ele deveria cumprir". Para ele, a relação de subordinação em si já é violenta e, somada ao critério da produtividade, provoca conseqüências terríveis para o trabalhador.

"A problemática é praticamente igual, por isso temos que trocar nossas experiências concretas", afirmou Rafael Rubio, da Federação Judicial Argentina - FJA. Ele acredita que o combate ao assédio moral nos locais de trabalho é tão importante quanto lutar por melhores salários e condições de trabalho. (Encontro do Cone Sul durante o Fórum Social Mundial)
Eu vos falo agora:
O melhor sorriso, a constante dedicação, o melhor texto revisado inúmeras vezes, paciência para pessoas impacientes, tolerância para pessoas intolerantes, abrir mão  do descanso em prol de que algo acorde, momentos de renúncia da vida pessoal para o pulsar de objetivos “comuns”. Fazemos isso diariamente. Fazemos?
Contribuir com aplicação dos pilares da sociedade humana - EDUCAÇÃO, SAÚDE, SERVIÇO PUBLICO, etc. - é uma oportunidade engradecedora e prazerosa. Profissionais que passam anos em uma instituição de ensino superior preparam-se para difundir os preceitos de sua formação e a aplicação destes no mundo.  

O que esperar do profissional de educação no convívio social (institucional familiar, profissional, entre outros)?
Resposta: o mesmo que você esperaria de qualquer pessoa.  Espera-se mais desse profissional pelo fato de sua formação: em EDUCAÇÃO.   De um professor, educador, ou qualquer membro da lida com a educação, espera-se atitudes no mínimo mais nobres ou corretas que de outros profissionais.  Ledo engano. Práticas administrativas, decisões corporativas, até concorrência predatória, lapidam esse profissional não como jóias  mas, como armas de guerra. Uma guerra fomentada pela corrupção.

Nesse pilar, nesse serviço, resguardam-se os profissionais habilitados para promover a real mudança no mundo. Ver esta tão nobre classe, senão a mais nobre, sofrer diminuição de sua importância dói e destrói. No entanto, o que dói mais é ver que muitas dessas ações são orquestradas por profissionais da educação, apoiados em instituições educacionais, que trocaram a meta da proliferação do saber, pela ganância desenfreada.

Relatos de profissionais da educação sofrendo abusos e desmandos de suas coordenações, diretorias e gerências de “educação”, estão ficando perigosamente mais comuns. Proteger a integridade física de uma pessoa em qualquer meio social é direito conquistado há muito tempo. Porém, a defesa da integridade moral e psicológica, inacreditavelmente, ainda é tema em pauta. Não foram formuladas leis nacionais que rejam essa relação, ficando a cargo dos estados alguma providência. Logo no Brasil, que propaga a perpetuação da alma por inclinação da crença religiosa. 

As agressões à moral de uma pessoa deixam mais sequelas e são tão graves quanto as agressões físicas, e isso é fato. Não se importar em conter essa pratica é covardia. É deixar o lobo tomando conta das ovelhas. Mas ovelha que é ovelha sabe berrar.  Essas linhas de indignação são de fontes bibliográficas e mais do que um alerta é um chamamento a reflexão.
E caríssimos, após a reflexão, o próximo passo é a AÇÃO.

Forte abraço a todos.
Maria das Dores Bezerra.


FONTE (Algumas Informações): Blog da Associação Reagir
 http://associacao.reagir.zip.net
A associação de Apoio aos Trabalhadores Vítimas de Assédio Moral no Trabalho, está fundada para atender a todos os trabalhadores (as) Vítimas desse mal.
Contatos: Francimary: (85) 8822-4428 - Conselheira Fiscal da Entidade.
a-reagir@hotmail.com/ alexandrebarroso32@hotmail.com

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