quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Políticas Educacionais Brasileiras, fazer ou não fazer, eis a questão...


Viver o amor, homenagem à Madre Tereza, De: Gisele Prata Real
Não há como pensar políticas educacionais sem antes conhecer a condição humana, sem antes perceber o outro no mesmo espaço em que vivemos.
Estudar Políticas Educacionais deverá possibilitar uma reflexão mais voltada para a humanização das pessoas e propor uma maior sensibilidade sobre as lutas de educadores num passado não tão distante por melhorias na Educação.
Para além disso, é imprescindível que se perceba  a importância de se discutir políticas para que a Educação do presente possa ser compreendida como um instrumento transformador da humanidade.

As leis da Educação brasileira, desde o período imperial, têm deixado espaços para diferentes interpretações, posturas e práticas por parte dos atores educacionais, que em determinados momentos maquiam a ética e ferem os direitos humanos, deixando em segundo plano (terceiro, quarto, ou seria plano nenhum?) a defesa de uma Educação de qualidade para todos.

Leis, constituições, diretrizes, parâmetros são elaborados e, apesar disso, se percebe no âmbito atitudinal, que a Educação não é prioridade e nem é concebida como um dos caminhos para o desenvolvimento humano. A partir das Leis de Diretrizes e Bases da Educação cada vez mais desatualizadas para acompanhar o crescimento e desenvolvimento das gerações, alguns educadores buscam formas de gerar reflexões que gerem atitudes, mas grande parte das tentativas não passa de belas palavras proferidas e até documentadas em reuniões e encontros educacionais.

Será que, apesar das censuras e limitações, os educadores nas décadas anteriores eram bem mais corajosos?

Hoje, num país democrático como o Brasil, está cada vez mais impraticável entre educadores atuantes do dia-a-dia, da sala de aula, da gestão da escola, das secretarias, se fazer ouvir. Por quê? Somos poucos? Não temos a excelência da palavra, os verbos necessários são incoerentes ou não temos motivos para reagir?

Eleição 2010 e, como diz a professora de Literatura Paula Izabela, em um trecho de e-mail endereçado à alguns amigos,

“O que tenho gostado realmente nessa eleição são dos textos bem escritos (risos). Já recebi muita porcaria nas últimas semanas, mas fiz uma seleção das ideias bem redigidas e encaminho para leitura. Eu que nasci entre a queda da Ditadura Militar e as Diretas Já fico radiante ao ver tanta gente escrevendo sobre o que pensa. Pois é... Danem-se os candidatos e viva a liberdade de expressão!!!” 

Eu ouso sugerir a expressão “viva a liberdade de ação!” A partir de atitudes éticas, humanizadoras, compromissadas e democráticas, é possível se “fazer” Educação em nosso país.

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