sábado, 9 de abril de 2011

De volta ao TESÃO inicial...

CLUBE DO LEITOR: socializando um projeto que vale a pena conhecer!

Mentes maliciosas, hum?

Caríssimos, utilizei a expressão acima para socializar uma das maiores experiências de minha vida profissional de aprendiz.

O clube do Leitor é um projeto permanente, coordenado pela bibliotecária Maria Isabel Moreira Leal e acontece uma vez por mês na biblioteca do Centro Cultural Banco do Nordeste, em Juazeiro do Norte. A produção e mediação do evento é realizada por Paula Izabela de Alcantara Alves e outras professoras de Literatura que se revezam nessa tarefa fantástica. Podem participar leitores de diferentes níveis de escolaridade. O objetivo primordial é incentivar o gosto pela leitura. Todos os meses um profissional é convidado para participar como facilitador em um tema específico.

Tive a honra de receber numa data bastante propícia, meu aniversário natalício, um presente que mudaria minhas perspectivas e motivações sobre o "fazer" educacional.

Apesar da formação acadêmica é necessário que tenhamos também a formação humana e a formação que perpassa os portões da Universidade e das instituições de educação nas quais desenvolvemos diferentes atividades pedagógicas. A busca por esse crescimento pessoal e profissional depende muito de conhecimento e de um outro fator essencial: motivação. 

Eu nomeio esse fator essencial de tesão. É assim que sinto. Para alguns essa expressão não seria adequada, no entanto, para outros, é a ideal , inclusive para quem já andava desiludido com algumas práticas educacionais e já não se "animava" com o despertar das fortes emoções que tocam apenas os apaixonados por sua profissão.

A experiência de participar do Clube do leitor foi possível através de um convite de uma profissional extraordinária da Literatura, a professora Paula Izabela. Acreditem, vale a pena conhecê-la!

Desenvolvemos o tema Doidas ou Santas, adaptação da obra "Doidas e Santas" da escritora e jornalista Martha Medeiros.

Foi hilário! Alguns até dizem que foi uma verdadeira terapia! Para mim, então... espetacular! Toda motivação, alegria, ansiedade,  transformara-se em TESÃO!

Confesso que me apaixonei pelo projeto. Apesar de pedagoga e antes, saber que a leitura propicia uma viagem pelo mundo das palavras escritas, essa premissa não tinha até o momento esse significado. Por essa razão, considero tudo um grande presente: a oportunidade de não apenas começar a ler, mas de também externalizar minhas interpretações, questionamentos, experiências, dúvidas, anseios...

No final de tudo, o facilitador é o participante que mais aprende naquele clube de público fiel, pois tem a oportunidade de ouvir histórias fantásticas, interpretações literárias para diferentes gostos, diferentes visões de mundo e sobre os caminhos da leitura, entre outras possibilidades.

Costumo dizer que "fazemos planos que viram planetas". Isso vai depender de cada um e em que sistema do universo estamos. Acredito que os caminhos percorridos por aqueles que apostam na experiência literária seguem a mesma linha de pensamento. Cheguei a conclusão que leitura não é apenas ler, mas é ler e não entender, depois é ler e entender, ler  e não gostar, ler e gostar e depois de todas as experiências possíveis, querer sempre mais ou não querer nunca mais.

Vejam o convite do encontro do mês de março de 2011:

É um projeto organizado com muita responsabilidade, dedicação e estudo. 

Provei e gostei (ainda bem que não errei o último verbo!).  Participem dessa experiência. O clube do Leitor é um projeto que vale a pena conhecer!

Forte abraço!





Discutindo políticas para a EaD no Brasil..


Se relembrarmos a história do Ensino a Distância no Brasil, diversos indicadores poderão revelar os desafios que essa modalidade vem enfrentando e, ao mesmo tempo, denunciam a necessidade de políticas articuladas que se direcionem para os diferentes níveis e modalidades educativas. A qualidade da educação básica pressupõe, entre outras ações, uma política direcionada para a formação de professores. Essa análise sinaliza para o redimensionamento de políticas, ações e programas que contribuam para a garantia da formação inicial e continuada de professores.

Pensar políticas articuladas para a formação pressupõe a necessidade de garantia de: projeto pedagógico que garanta uma formação sólida, condições adequadas de oferta, de laboratórios e bibliotecas, material didático-pedagógico em cursos a distância, ressaltando que estes devem garantir, ainda e não somente, estrutura adequada de acompanhamento, por meio de encontros presenciais regulares, envolvendo as tecnologias de informação e comunicação.

É imprescindível a construção de processos de acompanhamento e de avaliação. Outro questão a ser analisada refere-se à regulamentação do regime de colaboração entre as instituições federais, permitindo novas relações, onde seja possível partilhar da construção de um projeto nacional para a formação, avançando, assim, para a implementação de políticas educacionais efetivas para a educação.

Refletir sobre as atuais políticas, no sentido da formação inicial e continuada dos profissionais da educação, especificamente do Ensino a distância, envolvendo a formação humana e os recursos tecnológicos, são bases imprescindíveis para a construção de um padrão de qualidade social. Essas ações certamente contribuirão para processos de maior articulação entre a educação básica e superior, contribuindo significativamente para a melhoria do processo de ensino-aprendizagem nestes níveis.

Nessa perspectiva, uma maior articulação entre as os governos, secretarias, bem como entre os diferentes programas, ações e políticas, se coloca como um ponto fundamental.

Para além dessas reflexões, o enfrentamento através de atitudes politicamente democráticas insiste em sair da prática discursiva, por tratar-se de uma causa urgente e real. Nesse cenário, a construção de um sistema nacional de formação, mediado pelo MEC, exigiria a abertura de diálogo entre os diferentes atores da educação. Essas afirmações levam à um outro cenário: a construção e execução de políticas de formação de profissionais da educação fortemente articulada entre sociedade civil e política.